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Mostrando postagens de março, 2015

DESENCONTROS - POEMA

Seu olhar um dia eu achei. Paralisada eu senti que ele olhava pro meu Em nossas bocas existia um sorriso. Simplesmente nunca os esqueci. Dentro do meu vazio eu te encontrei. E aos poucos você me acolheu. Um dia lutei contra mim, contra meus pensamentos e... contra você. Mas quando lembrava do seu sorriso Não tinha noção nem honra! Suas palavras me cegavam e Nunca mais enxerguei a verdade, apenas sentia. O medo tomava conta de mim. Consciente, soube do engano que me fez cometer. A mágoa só eu compreendi Deixei tudo como estava... Aos poucos suas palavras cessaram. Aos muito poucos eu fui te deixando. Meu coração já não bate como antes. Sua presença já não inibe mais. Agora, só o tempo pode apagar. 1978.

Uma homenagem aos 106 anos de Manoel de Oliveira (BREVE CAMINHAR)

Inevitável o seu vir. Tão distante que não se pode sentir. Tão presente sem nenhum valor Escreve o mesmo sem nenhum temor Adoça os dias e as noites. Amarga os sonhos aos montes Não espera por ninguém Testemunha tudo, porém! Quem corre não o alcança Quem fica tem esperança O valer é viver. É querer... O que se vive não sabe O que se foi ficou escrito Como saber meu Deus Se o que sou será bem visto? Caminharei...Caminharei...Caminharei...  Maio/1999