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Mostrando postagens de julho, 2020

TEMOS QUE DESCONSTRUIR

Estamos na era da informação, temos muitos conceitos e preconceitos e as vezes fico um pouco cansada desse discurso da desconstrução que muito se lê por ai. É bonito e muito interessante, porém não serve sempre. Quando eu ouvi essa palavra a primeira vez, achei-a o máximo, mas não é sempre que se pode desconstruir. No meu ponto de vista, em algumas situações, será apenas necessário uma reforma, porque todas elas têm a ver com seres humanos e humano não é de ferro, nem de borracha, nem digital. Tô falando mesmo é de sentimento, comportamento, reações emocionais e propósitos de vida. Esse discurso de que somos fortes e autônomos, as vezes não cola pra mim. Se bem que tem uma coisa que eu não posso deixar de concordar: é o fato de virmos para esse mundo sozinhos e irmos embora sozinhos também. Então pensa: Se já chegamos aqui numa baita solidão, ainda temos que conviver com essa ideia de autonomia e pessoa phoda! Ah! me poupe!

AMAR É DESGASTAR-SE

Você já amou algum dia? De verdade? A ponto de concordar que o amor é cego? Você já reparou nas crianças catarrentas de rua? Já ajudou? Levou pra casa, deu banho? Já pegou um animal na rua cheio de pulgas, fedido e levou pra casa pra cuidar? Já passou um ano da sua vida no sertão recolhendo e doando alimentos para os necessitados? Já ficou sem almoçar porque deu sua marmita para um colega? Já serviu de voluntário em um hospital de campanha, ou similar? Já jejuou no deserto para se purificar? Já foi chamado de louco por alguém?  Provavelmente, se você se achou em algum desses exemplos, deve ter no mínimo sentido alguma frustração, não é mesmo? Não dá pra salvar todos de seu fardo.

As Vozes das Estações do Ano

Toda estação do ano tem algo a dizer. Você já ouviu alguma coisa? Eu já. Quando ela te diz algo, interprete como um insight leve e educador. Em um verão bem distante eu ouvi ela dizer que eu era livre, só não podia usar minhas asas pra voar, pois elas estavam amarradas e ainda estão, mas pude compreender a voz que me tocava nos braços e colo. Era uma nota bem quente, suave e eu me percebi mais viva, como alguém que tinha completado uma tarefa muito bem. Era hora de agradecer e reconhecer. Já em uma outra vez, era a Primavera e ela me disse que o tempo tinha passado, e que eu ainda estava no passado, e que havia outras coisas me esperando, mas na hora não entendi o que seria. Só senti necessidade de olhar pra dentro de mim e então me apavorei. Não sabia como continuar. A Primavera me dizia para não voltar para onde eu estava, mas não consegui interpretar a mensagem. Foi uma confusão que me guiou ao P.S. emocional mais próximo: Minha alma. Você já deve ter reparado que na Prima...