AMAR É DESGASTAR-SE
Você já amou algum dia? De verdade? A ponto de concordar que o amor é cego? Você já reparou nas crianças catarrentas de rua? Já ajudou? Levou pra casa, deu banho? Já pegou um animal na rua cheio de pulgas, fedido e levou pra casa pra cuidar? Já passou um ano da sua vida no sertão recolhendo e doando alimentos para os necessitados? Já ficou sem almoçar porque deu sua marmita para um colega? Já serviu de voluntário em um hospital de campanha, ou similar? Já jejuou no deserto para se purificar? Já foi chamado de louco por alguém?
Provavelmente, se você se achou em algum desses exemplos, deve ter no mínimo sentido alguma frustração, não é mesmo? Não dá pra salvar todos de seu fardo.
Sempre que você se propõe a amar, é porque está pronto, é digno, mesmo que não pareça. Ninguém ama se não tem amor próprio. Porém, o que vale lembrar é que a atitude de amar, vai exigir que você se dê mais, veja mais o outro além de si. Isso parece insano mas não é. É apenas uma atitude linda. Quem decide amar é sua alma.
Quando encontramos alguém na vida que nos desperta um sentimento de amor, não se fica pensando em ter amor próprio, em se colocar em primeiro lugar, em estar sob controle. O amor não tem controle. É apenas um sentimento que vai gerar um desgaste emocional, seja leve, extremo, na medida, mas vai ser um desgaste, porque vai exigir uma perda daquilo que você tem de sobra até que um dia seja necessária a reposição e aí sim é sábia a hora de afastar-se porque ele não precisa ser mortal, não nesse mundo!
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