Speaking lesson plan : teoria e planejamento
Fundamentos teóricos:
Planejar uma aula de conversação nos moldes
atuais de ensino, cujo foco é a fala, está embasada nos
cinco fatores que devem ser levados em consideração na hora da sua elaboração, destacados
assim: - o aprendiz, o currículo da escola, o tópico, a tarefa e a linguagem (in the task /on the task). Esses cinco
fatores estão tão unidos que é quase impossível separá-los em um ou dois,
segundo Keith S. Folse.
Após
vários anos de estudos feitos por linguistas renomados, chegou-se a conclusão
que métodos como o audiolinguísmo (1950/1960) cujo foco era a gramática e a
utilização do drills para memorização
de vocabulário (Skinner), não foram suficientes para formar um aluno falante e
fluente, mesmo permanecendo 10 anos em escolas de idiomas. No entanto, esse
método prevaleceu até meados de 1980. Em resposta a essas questões, surgiu um
novo trabalho feito por Krashen (1985) dando ênfase a um método denominado por
ele como “comprehensible input” i+1 – o ingrediente mágico para adquirir uma
segunda língua.
O
professor então passou a ministrar aulas usando o input, mas infelizmente essa
reviravolta quase cataclísmica no ensino de línguas não produziu uma mudança
igualmente cataclísmica em resultados de aprendizagem.
Ainda hoje as escolas de
idiomas encontram dificuldades para introduzir os estudos de Krashen.
No
que diz respeito à ESL (english as a
second language class), as
escolas de idiomas tiveram duas
décadas para operar a hipótese “i+1”, mas não houve bons resultados por aqui.
Novamente o foco foi um só: a fala do professor. Ela não foi resposta para o planejamento de uma aula bem
sucedida. Certamente, teacher input é
importante, mas não houve um resultado efetivo.
Novamente
o autor afirma que, para haver sucesso em uma conversação em sala de aula é
preciso que os cinco fatores mencionados acima estejam
entrelaçados e os resultados esperados por alguém que deseja falar um segundo idioma, depende da sua proficiência, atitude, tempo e dedicação. Cabe ao professor observar também o
nível de ansiedade do aluno, sua personalidade, habilidades, disposição para
falar e as diferenças linguísticas regionais.
Pensando
na modernidade e nas novas tecnologias, temos outro problemas: o professor dialoga com um aluno que tem pressa e que pode resolver sua pendência apenas com um toque no
seu celular, ou seja, ele faz parte de uma juventude que não tem paciência para o “disse
me disse” e vai entrar em conflito numa aula convencional moldada em
fundamentos estabelecidos há 25 anos.
Cabe então ao professor, na hora de planejar sua aula, criar
estratégias para tornar a aula dinâmica, alegre e proveitosa fazendo uso de todas as mídias disponíveis na escola.
O que é preciso ter em mente para planejar uma speaking class?
Activity- task:
A
atividade será fundamental para promover
a comunicação entre os alunos, estimular a desinibição na fala e um meio do
professor avaliar os objetivos predeterminados.
Nesse momento ele terá a oportunidade de ouvir o aluno e sua pronúncia. A escolha da atividade deve ter um foco e será
crucial para o sucesso da aula.
The learner:
Merece
atenção especial, pois é o alvo da atividade.
É preciso levar em consideração sua idade,
personalidade, motivos pelos quais se interessa pela língua em estudo,
nível social e seu nível de proficiência.
Conhecer seus assuntos de interesse para aplicar uma atividade que proporcione feedback.
Topic
Ao
escolher um tópico, ter certeza de que ele é adequado para a idade da sua turma
e o porquê da escolha deste assunto, pois este precisa ser familiar ao meio social em que o aluno vive. Observar
que um tema pode ser bom para o
professor, mas não ser de interesse do aluno. Temos que pensar como aluno.
Language practice
A
prática do aprendizado de uma nova língua hoje em dia, está focada na fala, ou
seja, na habilidade de comunicar-se e fazer com que ocorra a “real comunicação”
entre os interlocutores. Com o
desenvolver da sociedade e seus novos tempos, deixou-se de focar os estudos de
uma nova língua separando a gramática da fala. Novos métodos de ensino
apareceram para comprovar que não é preciso permanecer numa escola de idiomas
por sete anos, dominar a gramática, mas “travar” na hora da fala.
Language in the task
São os
termos linguísticos, de conhecimento do aluno, os quais estarão relacionados
com a atividade a ser desenvolvida, tais como: preposições, forma do verbo ou
tempo verbal, para que o aluno fique preparado para a atividade proposta.
Language for the task
Neste
momento acontece a prática do exercício proposto pelo professor. A “ language
in the task” é utilizada de acordo com o contexto do exercício e a aula de
conversação pode ser concretizada.
Programam/ Curriculum
Estar
fundamentado dentro de um currículo é essencial para o professor, pois ele
é base para direcionar todo plano pedagógico criado
pela escola, portanto o professor terá um norte para planejar suas aulas visando quais
as habilidades e competência poderá programar ao aluno.
Fluency/ Accuracy
A
fluência é diagnosticada quando o
falante consegue promover a fala simultaneamente com o desejo nato de falar, ou
seja, ele não precisa pensar em quais
palavras irá escolher no momento da fala, pois esta é espontânea. Já na
acurácia, o falante além de ser fluente, saberá usar a linguagem segurada pela
norma culta preestabelecida.
Interlanguage
Na
aprendizagem de um novo idioma, é natural a interferência da língua materna
quando da dificuldade na compreensão na comunicação, daí a necessidade de se
recorrer a idioma de origem automaticamente ( fala simultânea ao pensar) e
assim vai assimilar um novo vocabulário. Erros são admissíveis na hora da fala.
Comprehensible input:
O
termo input usado pela primeira
vez por Krashen, significa propor ao
aluno um insight sempre que solicitarmos
dele um exercício de conversação. Ao
realiza-lo, o aluno vai adquirir maior proficiência na língua, ou seja, vai ser
levado a um nível superior no aprendizado. Quanto à possibilidade dos erros na
pronúncia, quando houver explicar naturalmente onde houve a falha. Esta postura do professor deixará o aluno a
vontade para rever sua fala, pois errar faz parte do processo de aprendizagem
de uma nova língua.
Negociation of meaning:
Momento
na comunicação em que não houve entendimento entre as partes, há uma confusão
de significados e então os alunos fazem
uma negociação de significados até que através de troca de ideias e novas
palavras, cheguem a um bom senso e a comunicação se estabeleça.
Pushed
/ output:
Reação ao input.
Se
bem colocado, o professor colhe bons resultados na tarefa aplicada e percebe
que seu aluno está pronto para um novo input.
Collocations:
São
combinações de palavras que postas
juntas numa oração ou frase dão sentido a mesma sem haver a preocupação com as
normas gramaticais. Estas palavras quase sempre aparecem juntas e não sabemos o
porquê da combinação entre elas. Talvez seja a frequência do seu uso pelos
falantes que as tornam tão singular e sonora aos ouvidos. Elas combinam da mesma maneira como as cores entre
si.
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