Resumo do livro: UMA PROVA DO CÉU (DR. EBEN ALEXANDER III)
Uma análise do livro:
UMA PROVA DO CÉU (DR. EBEN ALEXANDER III)
O Dr. Eben é um neurocirurgião
especialista em radiocirurgia estereotáxica com aproximados 150 artigos
dirigidos às revistas especializadas na área.
Este livro foi escrito depois que ele
foi acometido pela meningite E.Coli. (Bacteriana).
Essa bactéria é uma das mais antigas
do mundo, tem por volta de 3 a 4 bilhões de anos e se não tratada a tempo, leva
a morte e mesmo assim estima-se que somente 10% dos doentes que tiveram suas
funções neurológicas avariadas, sobrevivem com gravíssimas sequelas.
De cada cinco casos, quatro são
causadas por vírus, o outro pela bactéria.
Raramente diagnosticada em adultos,
esse tipo de meningite só se manifesta em recém- nascidos ou ainda quando uma
pessoa passa por operações no crânio.
No caso desse médico levantou-se a
hipótese de que ele tenha sido contaminado numa viagem que fez a Israel,
detalhes contados no livro. O que importa é que depois de sete dias em coma,
ele volta em perfeitas condições de saúde e com muita coisa pra contar, pois
naqueles dias, mesmo sem consciência, ele conheceu o lodo, o céu, um parente,
novas dimensões e Deus.
Como ele mesmo relata, seria
impossível de acontecer, pois em coma não há consciência nenhuma. Sendo ele médico cirurgião neurologista e
conhecedor de todos os pormenores da caixa craniana, nem mesmo uma explicação
que poderia ser louvável, não coube.
O seu relato me intrigou, pois o que
ele conta é tudo que sempre perguntamos: Como será que é depois da morte?
Ninguém voltou pra contar! Será que acaba tudo?
O Doutor Eben descreve algo que
descobriu depois do ocorrido que é mais ou menos assim: Existe uma parte muito
profunda dentro da pessoa ( talvez o pensamento, uma força ou um mistério) que
entra em ação em algum momento solícito que pode mover-se com tanta velocidade,
que desfaz o tamanho do tempo da maneira como o cérebro e o corpo estão atrelados.
Não é apenas a parte mais inteligente de nós, mas é também a mais profunda e
que merece muito crédito, embora não o damos ou demoramos a compreendê-lo.
Em 10.11.2008, o doutor com 54 anos,
foi acometido por uma doença rara que o deixou em coma durante sete dias. Todo o
seu neocórtex ficou paralisado e não havendo atividade cerebral não há consciência. O cérebro é a máquina que produz a
consciência. E isto é simples na medicina. Segundo seu relato, ele conheceu
durante o coma uma dimensão da consciência que existe completamente à parte das
limitações do cérebro físico. A morte do corpo e do cérebro não é fim da
consciência, e que a existência humana continua no além-túmulo. Ela se perpetua
sob o olhar de um Deus que nos ama e que se importa com cada um de nós, com o
destino do universo e de todos os seres nele contidos.
Na semana que ficou em coma, o doutor
relata que a sua mente, seu espírito ou qualquer outro nome que se dê a parte
humana dele, havia desaparecido.
Ele descreve assim: “O lugar onde
estive era real. Tão real a ponto de fazer a vida aqui e agora parecer uma
ilusão... é estranho demais para a compreensão normal... O que tenho a dizer é
tão importante quanto qualquer coisa que alguém já tenha lhe contado- e é
verdadeiro”.
Do outro lado da vida:
Sem corpo nem linguagem emoção ou
razão. Submerso na lama, mas ainda assim ele podia ver através dela.
Claustrofóbica e sufocante. Consciente, mas sem memória nem identidade. Tudo
havia desaparecido. Existia um som
distante de metal contra metal de um ferreiro martelando bem perto, mas não se
lembrava de refletir se devia ou não sobreviver. Não havia preocupação. Ele não
se sentia humano, nem sequer animal. Ele era alguma coisa anterior, inferior a
tudo isso. Era apenas um ponto solitário de consciência em um mar
vermelho-escuro. Aos poucos ele foi sentindo que não fazia parte daquele mundo
subterrâneo, embora estivesse dentro dele. Apareciam-lhe caras grotescas de
animais, urros medonhos, cânticos rítmicos. Mas no momento em que ele se vê
como um “eu”, um sentimento de ameaça começa a rondar e o som ritmado da
bigorna aumenta e um odor de sangue, vômito e fezes se fez sentir. Então, ele
entendeu que não pertencia àquele lugar, precisava fugir. Mas para onde? E quando
ele fez essa pergunta, algo novo emerge na escuridão e se move lentamente,
irradia uma luz dourada e a escuridão vai se fragmentando. Daí uma melodia viva
anula o terrível som dos martelos e no centro dessa luz giratória há uma
abertura na qual ele pode ver através dela o mundo mais belo e estranho que já
tinha visto. Nada pode traduzir o que ele viu. Ele avistou milhões de
borboletas, ondas delas. Era um mundo de sonhos, belo e incrível. Havia
uma campina verde e exuberante cheia de árvores, rios e cachoeiras, pessoas e
crianças brincando alegremente. Não era sonho. Esse lugar era completamente
real. Multiplique esse sentimento por mil e ainda não estará perto do que Eben
sentiu naquele lugar.
Ele descreve ainda que sobrevoou
aquele lugar, mas não conseguiu saber o quanto, pois o tempo não é linear como
o nosso. E ele não estava sozinho. Tinha a companhia de uma menina muito jovem
e singela com trajes modestos, mas muito colorido. Ela expressava um tipo de
amor muito mais elevado quer todos os amores que conhecemos.
Sem usar de palavra
alguma, ela falou com ele e sua mensagem o atingiu como um vento e ela queria
dizer: Você é amado e valorizado imensamente, para sempre// Não há nada a
temer// Não há nada que você possa fazer de errado.
Todos esses detalhes são muito
intrigantes, mas ele escreve “não sou um ignorante total nessa matéria; sei a
diferença entre fantasia e a realidade, e posso assegurar que a experiência que
estou tentando transmitir aqui, ainda que de forma vaga e insatisfatória, foi
de longe a experiência mais real da minha vida".
Depois ele se viu num lugar cheio de
nuvens, grandes, fofas e brancas. Mais alto, muito mais alto que elas, seres
deslumbrantes em um aglomerado de esferas transparentes, se deslocavam em arcos
por todo o céu, deixando grandes rastros atrás de si. Seriam anjos? Pássaros?
Não. Eram evoluídos, Superiores. Manifestavam sua tamanha alegria por meio de
um som majestoso, como uma música sacra. Ele podia “ouvir” a beleza e ver o que
eles cantavam. Ver e ouvir não eram coisas separadas naquele lugar. Um vento morno
começou a soprar, era uma brisa divina e essa brisa mudou tudo. Elevou o mundo
ao redor dele pra uma oitava acima, para uma vibração mais alta e sem dizer uma
palavra começou a fazer perguntas a esse vento divino: ”Onde é esse lugar; Onde
estou; Por que estou aqui?” A resposta vinha imediatamente, como uma explosão
de luz, cor, amor e beleza e o invadia por completo. Vinha além da linguagem e
ele foi capaz de conhecer, instantaneamente e sem qualquer esforço, o que
levaria anos para compreender na vida terrena.
Ele continuou avançando e entrou num imenso vazio, escuro, infinito em
tamanho, mas igualmente prazeroso. O lugar era negro, mas repleto de luz: uma
luz que parecia vir de uma esfera brilhante e que ele sentia bem perto dele.
Uma órbita viva e quase sólida. Ele se
sentiu como um feto no útero. Ele sentiu Deus, era o Criador, a Fonte,
onisciente, onipresente, incondicionalmente amoroso e responsável pela
existência do Universo e tudo o que há nele. Havia uma proximidade tão perto
que ele podia sentir Sua infinita vastidão e perceber o tamanho da sua
insignificância diante de tamanha grandeza. Deus o conhecia profundamente e
disse-lhe: “não existe apenas um Universo, mas muitos. Na verdade, mais do que você
pode conceber, e o amor está no centro de todos eles. O mal também está
presente em todos os outros universos, porém em quantidades muito pequenas. O
mal é necessário porque sem ele o livre-arbítrio seria impossível, e sem
livre-arbítrio não pode haver crescimento, nenhum avanço, nenhuma chance de nos
tornarmos o que desejou que fôssemos. Por mais horrível e poderoso que o mal
pareça, o amor é avassaladoramente maior, e triunfará no final.”.
Ele pôde ver a abundância da vida nos
incontáveis universos, incluindo alguns cuja inteligência está muito além da
nossa. Viu que existem incontáveis dimensões superiores e não se pode
conhecê-las ou entendidas de um espaço dimensional inferior.
O nosso tempo e espaço estão unidos
de maneira íntima e complexa com esses universos mais avançados, ou seja, esses
mundos não estão totalmente separados do nosso, porque todos os mundos fazem
parte das mesma e abrangente realidade divina e desses universos mais avançados
se pode acessar qualquer tempo ou lugar do nosso mundo.
O Doutor Eben afirma que precisaria
do resto da vida dele e um pouco mais para relatar o que aprendeu lá.
Quando ainda era um menino, seus pais
lhe contaram que ele fora adotado aos quatro meses de idade, e que um pouco antes
também adotaram Betsy. Mais tarde ficou sabendo que seus pais biológicos, por
serem muito jovens, não tiveram condições de criá-lo e assim o deram a uma
instituição adequada.
Em 1999 estava o filho de Eben
envolvido com pesquisas escolares, a respeito dos avós paternos e esse era um
assunto que não tinha muita importância para o médico, ou parecia não ter, mas
por insistência do filho foram investigar sobre sua verdadeira origem. Então
foi informado pelo orfanato que seus
pais e ou avós, mais tarde acabaram se casando um com o outro, mas por
instruções da assistente social, foram orientados a não procurá-lo uma vez que
assinaram documentos para sua adoção. Eles tiveram outros três filhos: duas
garotas e um rapaz, porém a mais jovem morreu em 1997.
A partir desse dia os dias do Doutor
Eben não foram mais os mesmos. Uma inquietude se apoderou dele. Foi quando em
agosto de 2007 ele resolveu trazer o caso a tona e procurou novamente o lar
onde foi deixado e por meio de uma carta, dois meses depois, recebeu a resposta
e um convite dos seus pais biológicos para conhecê-los. Em Outubro conheceu a
mãe que lhe contou toda a historia e no verão de 2008 conheceu o pai.
Após ter se recuperado e há quatro
meses ter voltado do hospital, estava ele em casa descansando quando recebeu
pelo correio uma carta da sua irmã biológica, na qual estava anexa uma foto da
irmã mais nova que havia falecido. Ao
abrir o envelope uma surpresa: sua irmã era muito, muito familiar. A tal ponto
que ele em êxtase, reconheceu na foto a imagem da garota que lhe acompanhara na
sua viagem ao desconhecido mundo real. Era ela, sem sombra de dúvidas.
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