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Resenha do livro Sociolinguística – Uma Introdução Crítica ( Louis-Jean Calvet)

Resenhando o livro Sociolinguística - Uma Introdução Crítica do autor Louis-Jean Calvet. Editado pela Parábola, São Paulo, Brasil, Ed. 2002, 176 p., tradução de Marcos Marcionilo. Louis-Jean Calvet, é doutor em linguística pela Sorbonne, doutor em letras e ciências humanas pela Universidade de Paris V. É professor da Sorbonne (Université René Descartes), onde ensinou sociolinguística até 1999. Atualmente é professor na Universidade de Provence (Aix-Marseille 1). O livro é composto por 06(seis) capítulos e é apresentado por Marcos Bagno, linguista brasileiro. Nele estão expostas discussões sobre como o uso da língua influencia o meio, as pessoas e a sociedade. Este assunto tomou dimensões a partir do nascimento da linguística moderna com Ferdinand de Saussure (1857-1913), época em que ele propôs um novo modelo, abstrato: a língua a partir dos atos da fala. Saussure afirma que a língua é a parte social da linguagem, que língua é diferente da fala, a fala é individual li...

Cinquenta Anos da Cidade de Mauá

Nada mais precioso do que um chão sem uso, Por que chão sem uso é terra que cheira a Deus. Mas Ele quis semear flores, lançar vales e montes. E aos montes irrigou tudo o que é meu. O homem já não vive só. Aprendeu como traçar seu futuro e assim cresceu, multiplicou. Com o tempo foi preciso se organizar e uma comunidade formar. Ah mas foi pouco! Era preciso que existisse uma lei, um orador. Então rompeu-se na comunidade o desejo de tornar-se uma grande cidade. Mas todo começo é um sonho, Esse sonho leva a um ideal. A notícia se espalhou e num plebiscito homens a fizeram cidade por mim. Sim. Ela agora pode ser minha, posso fixar raízes e ir adiante. Trazer bagagem, levar coragem! Irineu já esperava com tamanha sabedoria Trilhar vai e vem Capital-Pilar. Todavia, Alagoanos, Baianos, Cearenses continuaram seu plano aqui em busca da água, deixaram pedra sobre pedra. Tão nova ainda se transforma, abriga sonhos de um futuro melhor. Dá ...

Uma análise do Romance " As Meninas" de Lygia Fagundes Telles.

O romance As meninas de Lygia Fagundes Telles, da Livraria José Olympio Editora S.A, edição de 1978 com 257 páginas, nos traz um retrato da vida de três adolescentes que vão morar num pensionato de freiras com a intenção de realizar seus estudos universitários surgindo assim uma amizade entre elas. Suas histórias de vida, bem diferentes, se cruzam a partir daquele momento e cada uma delas vai relatando o que lhes aconteceu até então, compartilhando seus dramas e sonhos, proporcionado ao leitor identificar as diferenças sócio-culturais trazidas na bagagem de cada uma delas. O leitor tem que prestar muita atenção na leitura, pois a escritora transcreve o real, o passado e o sonho das meninas de forma mesclada e isso causa necessidade de retornar o parágrafo algumas vezes. O foco narrativo é em primeira pessoa. A sequência cronológica é marcada por alguns dias ou poucas semanas. O tempo é voluntariamente vago e difícil de precisar, mas o que prevalece é o tempo psicológico, pois tudo a...

Conto - Enfim, sim!

          Passou a sexta-feira e ela não veio. Estou preocupada. Ninguém da família ligou para dar uma satisfação.          Nova semana se inicia. É terça-feira e vou aguardando uma ligação.          Quarta e quinta-feira se passam e nada.No dia seguinte, a futura cunhada me liga perguntando se estava tudo certo          __ Tudo certo sim, mas a noiva ainda vai querer os meus serviços?          __ Sim. Ela está te esperando amanhã na casa da minha sogra. Você sabe chegar lá?           __Então, eh... Mas ela não escolheu maquiagem nem o penteado! Mal conversamos e eu ainda não a conheço.           __Bom, ela não contratou mais ninguém. É você mesma! E você não faz ideia do que aconteceu! Na sexta-feira passada ela desapareceu e só voltou na últ...

A Mãe Desnecessária

Este é um artigo dentre muitos que recebemos via e-mail, dos quais sua assinatura é  desconhecida. Este em especial, é um  destes que gostei muito e me fez refletir minha atitude de mãe e assim quero reproduzir seu conteúdo:                         " A BOA MÃE É AQUELA QUE VAI SE                                                                FAZENDO DESNECESSÁRIA COM O PASSAR  DO TEMPO."      Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista esta frase, e ela sempre me soou estranha, mas chegou a hora de reprimir de vez o impulso materno de querer colocar a cria debaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigo. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super mãe que temos d...

Poema - MARCÃO

Nasce uma ideia, morre o presente tão próximo. Gela a alma, ri a mais bela flor. No pesar dos sonhos a estrada se revela A incógnita fixa o pesadelo para não mais afligir Dentro do espectro mora a estrela Sobrevive num instante a iludir Brota assim a inocência De um dia não ter fim Viver é agora e não partir Não arrepender, nem pensar, só sorrir. 2009

Poema - SOSSEGO

Os sons quebram o silêncio desta manhã É o canto dos pássaros, cigarras, rolão... Um avião agora passa. Para onde vai? Minha mente e alguns sons se fundem ao silêncio que sinceramente não existe. Ouço o vento e as cigarras insistem. Deitada, nada a fazer. Raro. Minha mente sente, contente, valente. O olho no céu, as árvores se mexem. Existe esperança e sossego. 11/2011